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24 de março de 2022Produtividade do trabalho tem queda forte em 2021
Após uma alta de 12,1% em 2020, a produtividade por horas efetivamente trabalhadas caiu 8,3% em 2021. E para este ano, o quadro tende a piorar. Os cálculos e as análises são dos pesquisadores Fernando Veloso, Silvia Matos, Fernando de Holanda Barbosa Filho e Paulo Peruchetti, para o Observatório de Produtividade Regis Bonelli do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre). A expectativa é de que o desempenho volte ao registrado antes da pandemia.
Em 2021, as horas efetivamente trabalhadas cresceram 13,8%, mas o valor adicionado avançou menos, 4,3%. Como resultado, houve um recuo de 8,3% da produtividade.
O conceito de horas efetivamente trabalhadas é o que melhor captura o efeito das restrições à mobilidade social adotadas por causa da pandemia da covid-19.
Em 2020, isso levou a uma queda forte da jornada de trabalho. O movimento de queda de produtividade foi observado também nas outras métricas, embora com intensidade menor, mostra o estudo dos economistas do FGV Ibre.
Desde o terceiro trimestre do ano passado, todas as métricas têm apontado para um forte recuo da produtividade em relação ao mesmo período do ano anterior. Em todas as medidas, a produtividade brasileira apresentou forte recuo ao longo da recessão ocorrida entre 2014 e 2016, seguida de uma recuperação no primeiro semestre de 2017, por causa do desempenho da agropecuária.
O fenômeno identificado no Brasil não é um caso isolado. Os pesquisadores do FGV Ibre observam que o Conference Board, dos EUA, projeta uma queda de 1,3% na produtividade por hora trabalhada no mundo em 2021, após crescimento de 4,1% em 2020.
Fonte: Valor Econômico