STJ – Banco não tem de indenizar cliente roubado após sair da agência
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5 de janeiro de 2018CARTA DE CONSELHOS AOS BANQUEIROS
Publicamos a seguir, a famosa carta de conselhos aos banqueiros, que segundo registros foi escrita em 1862, ainda atual considerando que seus ensinamentos não se alteraram com o avanço tecnológico e nem normativo, hoje vigentes. Merece uma profunda reflexão a quem labora no mercado financeiro.
Recomendamos, também, a leitura do livro “Salve-se quem puder” de Edwad Chancellor que aborda a especulação financeira ao longo dos séculos.
Boa leitura e reflexão.
Um excelente 2018 com paz, saúde e cooperação.
CARTA DE CONSELHOS AOS BANQUEIROS
Antes de ler esta carta é preciso entender que ela foi escrita em 1862, com a linguagem própria daquela época.
Mas as ideias desta carta trazem uma mensagem que, no mínimo, deve nos levar a reflexão.
1) Empréstimos que não tenham margem de garantia para suportar razoáveis contingências devem ser evitados.
2) Não alimente nem encoraje a especulação. Facilite, apenas, as transações legítimas e prudentes.
3) Faça os seus descontos aos prazos mais curtos possíveis, tanto quanto os negócios de seus clientes, e insista nos resgates de todos os papéis nos vencimento, que necessite ou não do dinheiro.
4) Nunca faça reforma meramente por não saber onde empregar o dinheiro com as mesmas vantagens, no caso de se pago o título. De outra forma não lhe será possível controlar a linha de descontos ou fazê-la digna de confiança a qualquer tempo.
5) Distribuir empréstimos a um só indivíduo ou firma, embora às vezes necessário, é geralmente desaconselhável e frequentemente inseguro. Grandes devedores tentem a controlar o banco e quando isso ocorre nas relações entre banco e seu cliente, não é difícil saber quem está perdendo.
6) Cada real emprestado do capital e reservas corresponde a um débito assumido. Seus gerentes ficam, assim, sob tremenda responsabilidade perante credores e acionistas, para manter os descontos subordinados a controle.
7) Trate seus clientes com compreensão, tendo em mente que um banco prospera com a prosperidade dos clientes, mas não permita que eles lhe ditem a política a seguir.
8) Se tem dúvida a respeito de uma proposta, recuse-a, dando ao banco o beneficio da dúvida, nunca faça um desconto quanto não tiver convicção sobre se é apropriado fazê-lo. Caso tenha motivo para desconfiar da integridade do cliente, feche a conta dele.
9) Nunca negocie com um velhaco sob a impressão de poder evitar que ele o engane. Em tais casos o risco é muito maior que os lucros.
10) Pague aos seus funcionários salários tais que lhes permitam viver confortável e respeitadamente, exija deles serviços completos e exclusivos.
11) Se um funcionário tiver padrão de vida acima de sua renda, despeça-o, mesmo que o excesso de gastos possa ser explicado consistentemente com sua integridade, ainda assim despeça-o. Extravagância, quando não é crime, muito naturalmente conduz ao crime. Um homem que gasta acima de seu salário não pode ser empregado de confiança.
12) E por fim, o capital de um banco deve ser uma realidade e não uma ficção.