Brasil tem 4 bancos entre os 10 mais rentáveis do mundo
20 de abril de 2022Brasil é o 4º país com mais transações em tempo real
27 de abril de 2022Reflexos do Fed começam a se espalhar nos mercados
Após uma virada histórica para baixo nos preços dos títulos do governo, os investidores se questionam se novos movimentos do Fed irão causar repercussões tão turbulentas. A julgar pelas oscilações da semana passada, a comoção nos mercados está só começando.
As ações do Fed começam a provocar efeitos nos mercados. Na última sexta-feira, após uma indicação do banco central norte-americano de que o aumento de juros seria mais acelerado, o dólar subiu 4,04%, chegando perto dos R$ 4,80. Analistas acreditam que a subida dos juros americanos acima do esperado deve impactar na valorização do real. Na sexta-feira, o real foi a moeda que mais sofreu, em um movimento que assustou e provocou até mesmo uma atuação extraordinária do Banco Central (BC).
A mudança nos mercados de títulos públicos é impressionante.
Os bônus de longo prazo do governo dos EUA já estavam no rumo de sua maior queda anual desde que isso é acompanhado, em 1973, mesmo antes que o presidente do Fed, Jerome Powell, aumentasse as expectativas na semana passada a respeito de um aumento robusto de meio ponto porcentual na taxa de juros em maio.
Os preços caíram tão rápido que as taxas de retorno das notas de referência do Tesouro, de 10 anos, estão perto de 3%. Em 2,9%, já estão no ponto mais alto desde 2018.
O investidor se acostumou, com relutância, a comprar bônus a preço cheio e com plena compreensão de que perderá dinheiro se os mantiver até o vencimento, graças aos preços altos e às taxas de juro baixas. Agora, um total de US$ 11 trilhões (sim, trilhões) em dívida global emergiu do congelamento profundo dos rendimentos negativos. Resta só o relativamente modesto valor de US$ 2,7 trilhões. O iene e o Yuan caíram vertiginosamente. O mercado está mais nervoso e os investidores estão atentos à movimentação do Fed.
Fonte: Valor